Um destino chamado Lisboa.
Como foi o início do processo de imigração para Portugal.
Um destino chamado Lisboa, era outubro de 2015, ainda primavera na cidade do Rio de Janeiro, eu tinha acabado de fazer uma viagem em família para região sul do Brasil, quando resolvi viajar novamente, mas desta vez sozinho.
Na verdade, essa viagem foi um acordo que fiz com minha esposa, pois já tinha um tempo que deseja muito sair do Brasil.
Eu queria viver na Europa e poder dar a ela e aos meus filhos um pouco mais de tranquilidade, pois eu não encontrava isso na cidade onde vivia, mesmo tendo uma vida e uma condição financeira razoável.
Durante algum tempo eu pesquisava e lia sobre Portugal.
Eu assistia diversos vídeos sobre imigração para Portugal e ouvia as história de vários imigrantes.
Principalmente vídeos de “youtubers” e histórias sobre a cidade de Lisboa e me encantava com isso.
Havia uma pessoa que fazia vídeos na internet a quem eu dava alguma credibilidade, então resolvi validar tudo o que aquela pessoa falava.
Meu planejamento…
Eu pesquisei todos os tipos de vistos em Portugal e escolhi dois dos quais eu me enquadrava: o visto de estudante para mestrado e o visto para pequenos empreendedores.
Depois pesquisei custo de vida e como era a minha profissão na cidade de Lisboa.
Tudo parecia ser positivo para a minha saída do Brasil de forma legal e organizada.
Após obter essas informações em concreto, eu resolvi viajar para aí sim, conhecer as terras lusitanas.
Cheguei em Lisboa pela primeira vez em um dia nublado, era outono e já estava anoitecendo.
Eu lembro dessa época em detalhes porque as estações do ano são muito bem definidas em Lisboa.
Assim que coloquei os pés na cidade, eu peguei um táxi no aeroporto e fui para um local chamado “Mouraria” região central de Lisboa, próximo a muitos pontos turísticos, sendo um local bem rústico e no caminho via as folhas caindo das arvores e muitas já secas no chão.
A chegada ao local de hospedagem…
Eu lembro que ao chegar na porta do prédio onde iria ficar por sete dias, eu tive um certo receio, já que nas fotos que havia visto da casa, não era bem aquilo que estava a ver minha frente.
Quando a anfitriã me recebeu e percebi que não tinha elevador e tínhamos que subir dois andares em escada ingrime de madeira, eu achei que tinha caído em uma furada do AirBNB. Contudo, eu disse a mim mesmo: “Vamos em frente!”.
Assim que a anfitriã abriu a porta do apartamento, eu vi que era aquilo mesmo que estava nas fotos.
Então pensei: “Da próxima vez pesquiso melhor os arredores”.
Desde esse dia, sempre procuro ver fotos dos arredores sempre, até os dias de hoje.
Com tudo isso, eu entendi que o viver de férias em Lisboa tem que ter momentos assim.
Apesar do aprendizado com o local onde fiquei hospedado, Lisboa me encantou!
Eu fui a diversos pontos turísticos, experimentei pratos variados, me divertia com os nomes dos lugares e das coisas.
Mas principalmente ouvia as histórias dos poucos portugueses que tive o prazer de conhecer nesta minha primeira vez na cidade.
Porém, o que me despertou realmente na cidade e foi start que meu deu a certeza de que eu poderia organizar a minha vida para vir embora, foi o que relato a seguir.
O inesperado…
Minha esposa me ligou quando eu ainda estava na cidade de Lisboa e me disse o seguinte:
“- Luiz, este número de telemóvel que está a usar em Portugal, eu posso inserir em um currículo seu e enviar para algumas empresas de Lisboa?”
Eu prontamente disse sim, achei uma boa ideia, mas não esperava muito, e assim ela fez.
Ela fez uma pesquisa no Linkedin e partilhou o meu perfil com algumas empresas de TI.
No dia seguinte eu estava a passar pela praça de Martin Moniz em Lisboa, uma empresa contactou-me e no mesmo dia fui fazer uma entrevista.
A entrevista foi ótima, claro eu não fui contratado. Haviam muitos passos a serem dados para o processo de imigração para Portugal.
Contudo serviu de experiência para falar um pouco da minha pessoa, do meu percurso profissional e tirar uma série de dúvidas que eu tinha.
Não preciso nem dizer como eu voltei para o Brasil, cheio de esperança e certo que a nossa mudança uma hora iria acontecer.
Logo, aquilo que era uma dúvida começava a se transformar em certeza e os sinais que tive para começar um nova vida em Portugal foram tão claros que quando eu imaginava os desafios que vinham pela frente, eu apenas pensava em ter fé.
Com isso, eu já sabia que meus dias de habitante na cidade do Rio de Janeiro estavam contados e que muito em breve a mudança definitiva para Portugal iria acontecer.